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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

A sina de um raizeiro

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... Pois estas são apenas algumas descobertas. Que encontramos na vida secreta das plantas (Stevie Wonder). Daniel, um senhor de 70 anos, retira as favas; uma, duas, três (...) segue o ritual debulhando todas em uma bacia de alumínio. Como colcha de retalhos enroscada no arame farpado, às favas contorna e dá vida verde a casa do raizeiro. O legume servirá de alimento não só para ele, mas para toda a vizinhança. Enquanto me aproximo, a cena segue germinando em minha pupila. Sinto um aumento repentino nos batimentos do meu coração. Emoção! Afinal é chegada à hora de compreender a vida deste homem que cultiva: ervas, folhas, raízes (...). Que dos frutos da natureza faz ressurgir a vida. A casa foi construída nos fundos para dar frente às plantas. Donas do pedaço, elas são diversas: erva-cidreira, pinhão manso, hortelã grosso e fino, arruda (...). Daniel, sempre muito simpático, desta vez me repreende pelos trinta minutos de atraso. “Eh, doninha, dá 11 horas, mas, não dá sete heim?

É preciso romper fronteiras

Há tempos o conceito de analfabeto era não saber ler e escrever. Hoje, o entendimento sobre esta palavra é outro. Para ser considerado analfabeto basta não saber, por exemplo: manusear um celular. Isso mesmo, as pessoas que não conseguem dar a devida funcionalidade aos instrumentos tecnológicos podem ser tachadas de “analfos”. Ser um analfabeto funcional é não deter conhecimentos específicos em determinada área. Como um balconista de uma farmácia que não sabe diferenciar um analgésico de um antialérgico. Além disso, analfabeto funcional na sociedade em que vivemos é não exercer a cidadania ou mesmo, ter o senso crítico para escolher candidatos em uma eleição. Não exercer de maneira coerente o direito de votar. Nos dois pontos abordados; não ter conhecimentos específicos como também não deter senso crítico pode ser o resultado de uma histórica dominação de poder feita por latifundiários aos proletariados. Afinal, não é interessante para eles deixar o povo saber distinguir “alho de b

Diferenças de atitudes

Acabou o tempo em que namorar significava atos singelos. Como a menina debruçada na janela olhando de rabo de olho para o pretendente. Ele do outro lado da rua todo galanteador ofertava uma margarida apanhada do jardim mais próximo. Ou em outras situações onde um sorriso maroto refletia a aprovação de uma jovem. O garoto todo tímido ficava o restante do dia feliz a cantarolar. Depois de um mês; o pedido de namoro acontecia. Claro cercado de testemunhas. O pai carrancudo logo dizia: - Minha filha é uma menina direita, viu! Nada de travessuras com ela. Se quiser namorá-la vai ter que ser do meu jeito. - Lógico que ele concordava com tudo; afinal não tinha outra escolha. É! As pessoas mudaram, os costumes são outros... Hoje namorar ou ficar, enrolar ou teclar. Enfim, é tudo muito complicado, nem os amantes sabem ao certo o que significa o que eles vivenciam. Imaginem os pais desta geração pós-moderna? A jovem sai para a balada. Antes, se despede do pai falando que vai azarar