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Galega Preta

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“Quem te vê chegar Não imagina o que a Europa e a África juntas podem causar Um tom de pele Um tipo de cabelo Tão diferentes, mas a combinar Não dá pra saber,enfim O Brasil é a mistura Eu vou lhe chamar: galega preta, galega preta...” (Tibles) O sorriso inebriante de Núbia Dourado abre caminhos. A voz dela ecoa aos quatros cantos. Composições ritmadas que agitam os rincões do Norte. Músicas que trazem vida e alegria ao povo tocantinense. Essa é a “Galega preta” que nasceu na pacata cidade de Rio Sono, a 143 km de Palmas. A pequenina Núbia ainda não tinha o Dourado no nome, tinha a atitude de uma menina de ouro que sonhava grande. O chamado para o universo da música surgiu nos recreios da escola. Ela adorava cantar para as amigas. Só que um dia, num evento cívico do colégio,a timidez gritou e não a deixou subir ao palco,esse lugar que hoje faz sentir um frio na barriga e a deixa tão feliz e iluminada. “Descobri depois que o que eu mais gostava era o que eu mais tinha medo

Três sabonetes e nada mais

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Relacionar: dar ou fazer relação! Essa ação escrita no dicionário e tão presente no cotidiano de todos se torna árdua quando se trata de um homem e uma mulher, uma mulher e uma mulher ou um homem e um homem. Brincadeiras a parte. O que proponho aqui é conversar um pouco sobre os relacionamentos amorosos da era do nada sério. Pegação! Ficação! Ato ou efeito de valorizar as coisas rasas da vida. E, o pior é que nesse jogo de sedução barata o amor está banalizado, como se esse sentimento comparado ao jiló, a jaca ou ao quiabo pudesse ser encontrado em qualquer quitanda, feira ou supermercado. Ana Beatriz conheceu João Henrique e foi arrebatador. Olhares, sorrisos, beijos, tesão, sexo selvagem.... No momento: juras de amor. Êpa!? Tão rápido assim? Na hora, Ana assustou e até disse: - Fala isso agora. Quero ver depois!? - Vou te provar que estou sendo sincero! (retrucava João) O rola e enrola durou pouco menos de um mês. Ana Beatriz adentra o banheiro, este que foi testemunha de muitos

Leve a leveza do amar

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Deseje, um desejo que aperte. Desses que dura uma eternidade. Espere espremer o doce amargo: de não estar com você, pra cultuar a leveza do amor. Suplique: Que o córrego corra e leve certezas, incertezas, farpas e aspas de um sentimento mútuo. Que o rio escorra lágrimas, desavenças, amarras, esperanças... Até rimar um reencontro, um abraço, um laço singelo de estar junto. Que o mar leve mágoas e traga união. Ondas renovadas no amor que refresca e acalenta. Enfim; córrego, rio e mar: leve a dureza e traga a leveza do amar.

Chupa essa...

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Ser traído, quem nunca foi que atire a primeira pedra. Claro que passar por essa situação não é nada agradável. Fingir não saber para em um momento bem oportuno pagar na mesma moeda? Ou descabelar-se e fazer aquele barraco? E, que tal seguir o dito cujo ou a dita cuja para ter provas concretas na hora de pedir uma explicação? Sinceramente todas essas alternativas são vias para um mesmo caminho: o fim de uma relação. Mas, como diz as más línguas até o dia da “descoberta”, muitos por aí se fazem de desentendidos. Possessão, status, filhos... são algumas das justificativas para o famoso “vamos tentar mais uma vez”. Traição! Esse tema me caiu de paraquedas em um episódio muito interessante. Após deixar a minha mãe na rodoviária de Goiânia para o seu retorno à cidade de Porangatu vou para o ponto de ônibus. Primeiro me passa o 270 lotaaado, que mesmo eu dando sinal me deixou a ver navios. Enfim, passo para o outro lado da rua, para esperar o ônibus da mesma linha, que só veio 10 minu

Arrocha

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Zé cutuca a Lu Lu cutuca o Zé Ele sorri Um sorriso largo e falho O dela é cheio de dentes e charme Juntos apertam o passo e rodopiam Salão de xote é lugar sagrado Pro casal, síndico e serviçal Alagoinha é assim Dois pra lá e dois pra cá Muito vucuvucu no dia No outro só quando convém Enquanto a lua tá lá Os casais se juntam, se separam... Alagoinha é assim Dois pra lá e dois pra cá Tem troca de casais Muito swing O Zé arrocha a Lu E ela acha bom!

Primavera

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O passarim e o beija-flor Juntos e sós Dançam como a dama e o vagabundo Rito de espera Pelo desabrochar da margarida E, a vinda da primavera Cantorias, zunidos, zangões Amarelo, azul, laranja Um arco-íris de emoções Na floresta da dona Joaninha Rei é rei Passarim beija a flor Flor é beijada por andorinha Pardal também tem vez O céu vira festa Como carnaval repleto de confetes e serpentinas.

Rei do nordeste

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Não é por acaso que certas pessoas se tornam mitos. Para chegar a essa definição precisei ir além das páginas biográficas. Tive que viajar. Chegar em Caruaru-PE e conhecer o orgulho nordestino estampado no sorriso da vendedora de tapiocas que disse “esse é o nosso Rei do Baião!”. A frase cheia de ênfase foi dita, enquanto colocava a carne seca na tapioca e de rabo de olho prestava atenção na televisão, que na época e horário passava a mini-série “Gonzaga - De pai pra Filho”. Luiz Gonzaga do Nascimento, filho do sanfoneiro Januário José Santos e da dona de casa Ana Batista de Jesus, tornou-se retirante por causa de um sonho. No Rio de Janeiro cantou aos quatro cantos: “quando olhei a terra ardendo. Com a fogueira de São João. Eu perguntei a Deus do céu, ai. Por que tamanha judiação... Que braseiro, que fornalha. Nem um pé de plantação. Por falta d’ água perdi meu gado. Morreu de sede meu alazão. Até mesmo a asa branca bateu assas do sertão...” Quem visita o agreste pernambucano pe

Sonho distante...

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O desespero bateu na minha porta quando terminei o 2° grau, no Colégio Estadual Waldemar Lopes do Amaral Brito, em Porangatu. Na época, não queria prestar vestibular na unidade da Universidade Estadual de Goiás e o pior é que não tinha outra opção de instituição de ensino superior na cidade. Quero deixar claro que eu não tinha nada contra a UEG, a resistência era porque não queria seguir a tradição da minha família, constituída basicamente de docentes. Lembro-me que nesta época ficava sem graça com a minha mãe, pois queria encontrar a melhor forma de explicar a ela a decisão de não prestar vestibular para licenciatura. A saída, portanto, seria mudar para outra cidade. Recebi o convite do meu pai para tentar o vestibular da Universidade Federal do Tocantins. E fui! A viagem durou 6 horas, afinal de Porangatu a Palmas, capital do Tocantins, são quase 400 km. Tive que ser forte em relação ao meu ideal de fazer a graduação em Jornalismo. Só que para isso paguei um preço alto. A saud

Somos palhaços

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As pessoas andam cada vez mais sérias. Não é preciso nem dar a volta no quarteirão da sua casa para perceber que ser compenetrado é uma característica bem quista nos dias de hoje. Mais sem graça é descobrir que eu também sou assim (hehehe). Normalmente não conseguimos rir de nós mesmos. Até parece que a vida se resume em compromissos, responsabilidades e encontros marcados de frieza e seriedade. Sábado pela manhã chego ao Centro Cultural Oscar Niemeyer em Goiânia para uma oficina intensiva de “escrita para humor”, uma organização do Verus GladiAtores um projeto da própria casa. Tudo pronto e os professores: Clegis de Assis e Marcelo Marques dão o início, quando eu totalmente sem graça e sem entender o porquê que teria que ficar descalço vou logo afirmando que a oficina que gostaria de fazer era a de escrita. Eles receptivos e sorridentes: “a oficina é essa! Quer dizer esta é de humor físico”. Primeira dinâmica, quem errasse teria que imitar uma barata; detalhe: barriga para cima e